Sequestro de bebês foi peça chave na estrutura repressora

A ditatura cívico-militar na Argentina chegou a montar maternidades em centros clandestinos de detenção, onde mulheres sequestradas pelo regime eram levadas para dar a luz. O processo que terá desfecho na tarde de hoje incluiu 35 casos. Testemunhas e vítimas reconstituíram muitos deles durante o julgamento.

Durante o processo, testemunhas e vítimas reconstituíram dezenas de casos de bebês sequestrados junto com seus pais ou que nasceram nas maternidades que funcionaram em diferentes centros clandestinos de detenção no país, principalmente na ex “Escuela de Mecánica de la Armada” [Esma], no “Campo de Mayo” e no “Pozo de Banfield”.
Companheiros de cárcere dos pais dos bebês e mesmo enfermeiras e médicos relataram a estrutura montada pelas Forças Armadas, para que as detentas grávidas dessem à luz no cativeiro, como ocorreu no “Hospital Militar de Campo de Mayo”.

 
Edição e tradução: Erika Morhy
Fonte: Arquivo Nacional da Memória

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