Índios e quilombolas de Oriximiná cobram demarcação de suas terras

Expulsos ao longo da década de 1950 e da ditadura dos territórios originais, indígenas do Pará iniciaram retorno no final do século passado, e agora aguardam demarcação sob pressão de mineradoras

Belém – A relação entre índios e quilombolas na Amazônia é marcada por momentos de parcerias e conflitos. No município de Oriximiná, oeste do Pará, o momento é de somar forças para cobrar das autoridades a titulação das terras que ocupam. Na região vivem cerca de 3.400 indígenas de, pelo menos, dez etnias diferentes e aproximadamente 8.000 quilombolas divididos em 35 comunidades. É uma das áreas com maior concentração de comunidades tradicionais do país.

Com o apoio da Comissão Pró-Índio de São Paulo e da ONG Iepé, índios e quilombolas de Oriximiná se mobilizam em uma campanha pela titulação imediata de suas terras, aproveitando a Semana Nacional de Mobilização, convocada pela Articulação de Povos Indígenas do Brasil (Apib). A campanha, lançada em um ato público na noite de quarta-feira (2) em Belém, tem o objetivo de pressionar instituições como Incra e Funai a darem andamento aos processos de titulação, atualmente paralisados dentro de seus escritórios.

Juventino Kaxuyana, liderança dos índios Kaxuyana, entende que é necessário aglutinar forças para que a campanha pela titulação seja vitoriosa. “Nós estamos aqui, no Pará, mas tem gente em Brasília e em outros lugares pedindo a mesma coisa que nós, que nossas terras sejam demarcadas”, diz o líder indígena. Em Oriximiná, há três territórios indígenas já homologados e um quarto, a Terra Indígena Kaxuyana-Tunayana, em processo de titulação. Para os povos indígenas dessa região do país, a conquista dos títulos de terra faz parte de uma luta pelo reconhecimento de sua própria origem.

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