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Mostrando postagens de abril, 2014

Caso Caribé: mais uma vítima do latifúndio no Pará leva réus à Bragança

Por Sandy Faidherb Hoje (24) ocorreu o início de uma batalha judicial em que mais uma vez a força do latifúndio e o valor da vida foram contrapostos no Pará. Tratou-se do começo da instrução processual do assassinato de Valmeristo (Caribé) e tentativa de assassinato de João Galdino (Clone), crimes ocorridos em 3 de setembro de 2010. Os crimes, segundo conclusão das investigações realizadas em inquérito policial e a denúncia do Ministério Público, foram cometidos por Jack, Pedro e Maranhão (apelido dos executores) a mando de Marcos Bengston. A suposta fazenda do pai do mandante, Josué Bengston, deputado federal pelo PTB, é objeto de conflito entre ocupantes de parte da área, dentre os quais as vítimas faziam parte. O litígio em torno da posse da área está curso em ação própria na Vara Agrária de Castanhal e apresenta provas de que a área em questão trata-se de grilagem de parte da Gleba Pau de Remo, terra da União. A luta pela reforma agrária é, portanto, o pano de fundo dos crimes oc

Casos que mais provocam desconfiança do que crença na polícia

Alguém ainda consegue acreditar nas versões da Polícia Militar do RJ? Via Blog do Mario Magalhães Por Mário Magalhães Eu seria muito leviano se dissesse ter certeza das circunstâncias em que o dançarino DG, 25 ou 26, morreu ou foi morto (a conjugação verbal muda a história) no morro Pavão-Pavãozinho. E seria muitíssimo ingênuo se acreditasse, sem provas irrefutáveis, na versão da Polícia Militar do Rio de Janeiro sobre o episódio. Também ignoro como se deu a morte a bala do cidadão Edilson da Silva Santos, 27, alegadamente durante o protesto de ontem dos moradores da favela contra a morte de DG, cujo nome de registro, que só se conheceu na desgraça, era Douglas Rafael da Silva Pereira. Estou mais por fora ainda sobre o menino de 12 anos que, de acordo com testemunhas, teria sido ferido. Até o momento em que escrevo, a PM nada fala. Mas a convicção, em todos os casos, é a mesma: é impossível se fiar, sem desconfiar, nos relatos da PM. Esse sentimento, que se alastra, não é

Marabá recebe Comissão da Anistia do Ministério da Justiça

COMISSÃO DE ANISTIA REALIZARÁ A 83ª CARAVANA DA ANISTIA EM PRAÇA PÚBLICA NA CIDADE DE MARABÁ/PA DATA: 21.04.2014 HORÁRIO: às 09h00 LOCAL: Praça Duque de Caxias, na cidade de Marabá/PA. Por favor, divulguem. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Comissão de Anistia Pauta da 6ª Sessão de Turma da 83ª Caravana da Anistia a ser realizada no dia 21.04.2014, às 09h00, na Praça Duque de Caxias, na cidade de Marabá/PA. 2005.01.51904 CEGARINO HERMES DA SILVA / ANÁLIA RIBEIRO DA SILVA 2009.01.64994 JOSÉ LOPES DA SILVA 2009.01.64993 VENÂNCIO PEREIRA DA SILVA 2005.01.51377 JOSÉ RIBEIRO PINHEIRO DOS SANTOS 2008.01.63117 RAIMUNDO GOMES DA SILVA / ZIZA LIMA DA SILVA VIEIRA 2010.01.68296 AGOSTINHO PEREIRA DO NASCIMENTO FILHO 2002.01.10986 LUIZ MARTINS DOS SANTOS Paulo Abrão Pires Junior Presidente

Com mandados de prisão, PF tenta impedir ida de Babau Tupinambá ao Vaticano

Via Conselho Indigenista Missionário - Cimi Por Renato Santana, de Brasília (DF) Menos de 24 horas depois de receber um passaporte para viajar ao Vaticano e se encontrar, durante celebração, com o papa Francisco, a convite da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Rosivaldo Ferreira da Silva, o cacique Babau Tupinambá, da Bahia, está sendo impedido pela Polícia Federal (PF) de sair do país por conta de três mandados de prisão. Porém, as ordens judiciais estão arquivadas desde 2010. A PF diz que tais mandados não estão revogados. Para a liderança indígena, o governo federal, por intermédio de sua polícia, tenta impedir o encontro dele com o papa Francisco. “O governo não quer que eu denuncie o que vem acontecendo com os povos indígenas no Brasil. A Polícia Federal não sabe que os três mandados foram arquivados e nem processo existe? Claro que sabe! O governo sabe disso!”, protesta cacique Babau. *** Clique na indicação de origem do texto para ler matéria completa.

Os linchamentos e a paciência de quem luta por justiça pós-ditadura

Em tempos de debates sobre linchamentos no Brasil, vale observarmos uma declaração de fina perspicácia feita na Argentina, onde também se vive momento de claro duelo e que muitas vidas estão em jogo, assim como a justiça social. Tomamos a liberdade de fazer livre tradução de um trecho do recente depoimento da companheira de um militante político torturado e desaparecido na última ditadura argentina diante do júri pelo caso "Alejo Mallea". Ele tinha 21 anos, atuava no coletivo Monteros e estudava na Faculdade de Medicina, em Buenos Aires. Era chamado de "Pablo". *** O testemunho de Cristina Inés Aldini Quando foi levada à Esma, Cristina tinha 24 anos de idade e seu apelido era Clara. "Antes de começar, queria dizer algo que tem a ver com o modo com o qual chego a esta declaração. Quero transmitir algo que eu senti muito fortemente nestes dias, em relação aos fatos que se têm vivido e são de público conhecimento hoje e que se refere aos episódios de lin

A solidão da América Latina, por García Márquez

"Sin embargo, frente a la opresión, el saqueo y el abandono, nuestra respuesta es la vida. Ni los diluvios ni las pestes, ni las hambrunas ni los cataclismos, ni siquiera las guerras eternas a través de los siglos y los siglos han conseguido reducir la ventaja tenaz de la vida sobre la muerte. Una ventaja que aumenta y se acelera: cada año hay 74 millones más de nacimientos que de defunciones, una cantidad de vivos nuevos como para aumentar siete veces cada año la población de Nueva York. La mayoría de ellos nacen en los países con menos recursos, y entre éstos, por supuesto, los de América Latina. En cambio, los países más prósperos han logrado acumular suficiente poder de destrucción como para aniquilar cien veces no sólo a todos los seres humanos que han existido hasta hoy, sino la totalidad de los seres vivos que han pasado por este planeta de infortunios" - Gabriel García Márquez, em seu discurso proferido na ocasião em que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, em 198

Ainda há tempo de se integrar à campanha Índio É Nós

MANIFESTO: ÍNDIO É NÓS Índio é nós: não somos um grupo, somos vários. Agimos porque, neste ano do cinquentenário do golpe de 1964, permanecem os ataques às terras e às vidas dos índios no Brasil. Além da realização de projetos hidrelétricos da ditadura militar, como a usina de Belo Monte, assiste-se hoje à ofensiva, com franco apoio dos três Poderes, do agronegócio e dos grandes eventos esportivos contra o meio ambiente, as populações indígenas e as tradicionais. Normas constitucionais e internacionais vêm sendo flagrantemente desrespeitadas, ignorando a necessidade democrática de consulta às populações interessadas e o cumprimento das condicionantes ambientais, em uma escalada autoritária e plutocrática incompatível com a democracia. Na escalada dessa ofensiva, ocorreu o inominável “leilão da resistência” para financiar a apropriação de terras pelo agronegócio. Desde o nome, ele quis roubar dos índios até mesmo a posição que ocupam: a de resistir. Em resposta ao genocídio dos

Você é contra invasão de propriedade?

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Copiamos imagem compartilhada do perfil Amazônia em Chamas e que nos põe de frente a tema muito atual que precisa mobilizar toda sociedade. Em tempo, os verbos "invadir" e "ocupar" reservam importantes distinções.

A ocupação da Maré e o Estado Autoritário de Direito

"Em meio à confusão generalizada, algumas questões se mostram com meridiana clareza. Uma delas é a desmoralização completa do governo estadual e a falência de sua antes tão decantada política de segurança pública. Outra é o ânimo autoritário do poder judiciário local. A concessão do mandado de busca coletiva, que deve ter sido objeto das tratativas secretas que prepararam a ocupação, é uma aberração própria dos períodos totalitários. Ao contrário do preceito que rege o Estado Democrático de Direito, todos os moradores da Maré são culpados até prova em contrário. É a criminalização da pobreza, expressão concreta da vigência entre nós do ´Estado Autoritário de Direito´" -  Léo Lince  Via Correio da Cidadania Texto completo AQUI

Imagens do show "Todos por Um", em apoio a Manaças

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Mais fotos do show "Todos por Um" realizado ontem (08), em apoio ao companheiro Ulisses Manaças, que luta contra o câncer, mas hoje já está no Seminário "Carajás 30 Anos", em Belém. Foto: Jean Brito/SDDH

Um salve a Ulisses Manaças!

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Foto: Jean Brito / SDDH A SDDH agradece aos colaboradores e principalmente a participação dos que foram ao show "Todos por Um", na noite de ontem (08), em Belém (PA), dedicado ao apoio do companheiro Ulisses Manaças. Temos a certeza de que foi uma ocasião importante para o encontros de amigos e para confirmar a esse querido lutar em defesa de direitos humanos que ele não está só no seu embate contra o câncer.

Ouvidoria convoca reunião para tentar fim de paralisação da PM no Pará

Do G1 PA Participam da reunião o secretário de segurança e associações de PMs. Paralisação já dura 5 dias em Belém e interior do estado. A ouvidora do Sistema de Segurança Pública do Estado, Eliana Fonseca, convocou uma reunião entre o secretário Luiz Fernandes os policiais militares das Associações de Cabos e Soldados da PM e Corpo de Bombeiros e da Associação de Sargentos e Subtenentes para  tentar encerrar a paralisação dos policiais que protestam pedindo reajustes salariais na capital e no interior do Pará. Também participam da reunião a Ordem dos Advogados do Brasil e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos. As manifestações, que já duram cinco dias, tem como principal reivindicação a isonomia salarial entre soldados e oficiais, que tem reajuste estimado de 11% em 2014. Segundo o governo, os policiais já receberam gratificações que chegam a superar o aumento dado aos oficiais. Desde o dia 3 de abril, policiais mostram sua insatisfação com relação a política sa

Rodolfo Walsh: Carta aberta de um escritor à Junta Militar

Quando se comemora o Dia do Jornalista, vale lembrar a dedicação de muitos profissionais que exercem e que exerceram bravamente sua função, em diferentes contextos. Em homenagem a cada operário da informação, deixamos o link de um belo e doloroso documento, uma reportagem preciosa do argentino Rodolfo Walsh, que foi assassinado um ano após a instalação da sexta e mais recente ditadura no país vizinho, tema de sua "Carta Aberta de um Escrito à Junta Militar". Nela, o jornalista e escritor faz um balanço do que teriam representado aqueles primeiros 12 meses de terrorismo de Estado na Argentina e que se tornou a gota d´água para os militares. Clique no texto em destaque e leia toda a carta. "El primer aniversario de esta Junta Militar ha motivado un balance de la acción de gobierno en documentos y discursos oficiales, donde lo que ustedes llaman aciertos son errores, los que reconocen como errores son  crímenes y lo que omiten son calamidades" - Rodolfo Walsh

NOTA DA SDDH SOBRE A SITUAÇÃO DOS POLICIAIS MILITARES NO ESTADO DO PARÁ

A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) acompanha, com preocupação, por meio da imprensa e das redes sociais, as manifestações dos chamados “praças” da Policia Militar do Estado do Pará. Essas manifestações são contra uma lei estadual que garantiu reajuste salarial de 110% para os oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, mas deixou de fora os chamados “praças”, que são os soldados, cabos e sargentos e subtenentes. Esta lei foi votada durante a semana passada por deputados estaduais, a partir de um projeto de lei encaminhado pelo próprio Governo do Pará. Após a votação, os policiais militares iniciaram uma série de manifestações nas ruas e várias rodadas de negociações sem que houvesse, até o momento, qualquer solução. As principais reivindicações são: isonomia salarial; afastamento de um comandante da PM; e a não retaliação contra aqueles que participaram das manifestações. A SDDH compreende que tais reivindicações são legítimas e que o Governo do Par

Vera Tavares: relato de mulheres que enfrentaram a ditadura do Pará

Para lembrar que neste dia 04 tem a #2aNoiteDoVinil na SDDH, em Belém, com o tema Sarau das Mulheres, vamos reproduzir algumas histórias contadas por quem participou dos embates contra a ditadura brasileira no Pará. VERA TAVARES: advogada Em Conceição do Araguaia, final da década de 70 (78-79), principalmente no Sul do Pará, tinha um movimento muito forte que era o MEB – Movimento de Educação de Base. Já existiam muitos agentes leigos, agentes de pastorais, que faziam todos esses encaminhamentos. Eu lembro muito bem que, em Conceição do Araguaia, tinham dois agentes: o padre Ricardo Rezende, que era seminarista naquela época, uma pessoa muito progressista; e a Heloisa, que era uma leiga, enfermeira, que também trabalhava lá. Lembro que, em 1980, eu estava em Cametá e ela veio de Conceição do Araguaia para o primeiro Encontro de Mulheres do Baixo Tocantins. Então esse movimento estava configurando algo que depois vem a ser o MMCC [Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade]. ***

Relatos de mulheres que participaram dos enfrentamentos contra a ditadura no Pará

E para lembrar que hoje tem a 2a Noite do Vinil na SDDH, em Belém, com o tema Sarau das Mulheres, vamos reproduzir algumas histórias contadas por quem participou dos embates contra a ditadura brasileira no Pará. GRAÇA COSTA: educadora popular Em 1979, eu estava grávida do meu segundo filho e levou porrada lá naquela prisão do Bira [Ubiratan Moraes Diniz]; na barriga. Eu estava de 8 meses. No Jurunas, na passagem Santana, o pessoal ocupava uma área que a polícia militar dizia que era dela. O pessoal ligou, dizendo: olha, venham pra cá, porque chegou muita gente do Exército, pra tirar o pessoal da ocupação! Eu e Bira fomos pra lá. Levamos uma máquina fotográfica. Entramos numa casa e assistimos cenas horríveis. Eles tiravam as crianças das redes cortando com facão os punhos das redes. E o Bira foi fazendo foto. Era um colega que trabalhava na Fase, professor da universidade e grande militante dessa luta pelos direitos humanos. E todos os caras do Exército tinham um esparadrapo para nã

Show "Todos Por Um" em apoio a Ulisses Manaças

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Quinze artistas, de diferentes gêneros musicais, vão oferecer um punhado de seus talentos no show “Todos por um”, em Belém, no próximo dia 08. O objetivo é arrecadar, por meio da venda dos ingressos, recursos financeiros que garantam o tratamento de Ulisses Manaças, valorosa liderança na luta por reforma agrária e direitos humanos no Pará e que agora se vê diante do embate contra o câncer. No parque musical do Teatro Gasômetro, a partir das 20h, quem garante o som é Ariel Silva, Andréa Pinheiro, Clauber Martins, Delcley Machado, Lia Sophia, Mário Moraes, Mahrco Monteiro, MG Calibre, Nilson Chaves, Paulo Moura, Rafael Lima, Renato Torres, Salomão Habib, Simone Almeida e Trio Manari. A doceria Abelhuda e o Governo do Pará também apoiam a iniciativa, junto com as lojas Ná Figueiredo e Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH). Venda de ingressos: Lojas Ná Figueiredo SDDH: Av. Governador José Malcher, 1381, entre 14 de Março e Generalíssimo (Procurar por Renata

Uma carta sobre a morte do grande chefe do povo Akrãtikatêjê

HÕPRYRE RONORE JOPIKTI PAYARÉ O GRANDE CHEFE DO POVO AKRÃTIKATÊJÊ Como definir Hõpryre Ronore Jopikti Payaré, ou Edvaldo Valdenilson, através de palavras, além de dizer que este nobre filho da Mãe Terra foi um grande homem, um grande pai, um grande filho, um grande sábio, um grande guerreiro, um grande defensor dos direitos humanos e ambientais, um grande líder político e espiritual que sempre lutou pela vida e os direitos do seu povo, os Akrãtikatêjê da Montanha, e dos demais povos indígenas da Amazônia e do Brasil? Como nos reportar a este valoroso homem que, desde cedo, aprendeu o significado do que é resistir, lutar e enfrentar poderosas ameaças e desafios, a não ser lembrando que o Seu Payaré, como era conhecido por muitos aqui nessa região, foi um sobrevivente de um grande povo na Amazônia, praticamente dizimado pelo Estado Brasileiro em um dos momentos mais perversos e genocidas da história desse país para com os povos indígenas do Brasil, a década de 70 e a famigerada e

Reportagem da TV Cultura do Pará dá voz a militantes do estado

Compartilhamos vídeo produzido pela TV Cultura do Pará, sobre os #50AnosDoGolpe no Brasil, e quem lutou e muitos ainda lutam no estado. A SDDH, fundada em 1977, tem orgulho de ter tido em seu quadro de ativistas a pastora luterana Marga Rothe, que até hoje se dispõe a contribuir com atividades da instituição, ainda que com uma série de limitações de saúde. O jornalista Paulo Roberto Ferreira também contribui, até hoje. Só temos a agradecer. Um boa dica do vídeo foi dada pela jornalista Tatiana Ferreira, em seu face. Uma boa iniciativa da TV Cultura! Logo mais publicamos texto sobre as divergências sobre a data do golpe, em que uns anunciam como sendo dia 31 de março e outros, dia 1o de abril.

Artigo de Rosaly Brito: Resistir, mais que nunca, é preciso

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*Rosaly Seixas Brito II Encontro do jornal Resistência, da SDDH, em agosto de 1982. Rosaly Seixas Brito em pé. Foto: Arquivo/SDDH Uma das maiores tiranias praticadas nesse início do século XXI, que começou sob a égide do pensamento neoliberal, é o que o ensaísta Adauto Novaes chama de uma “laboriosa construção do esquecimento da política”, em que o espaço das revoluções políticas aparentemente foi sendo abandonado para ceder lugar às revoluções técnicas e mentais, presididas pela lógica do fugaz, do veloz e do volátil, aprisionando-nos em presentes perpétuos. A política, que desde os gregos era obra comum dos que habitavam a cidade, em prol do bem coletivo, princípio e base da vida em sociedade, aos poucos foi sendo deliberadamente “esquecida” na época contemporânea, de elogio ao individualismo. Os aparatos globais da mídia e da indústria cultural investem maciçamente para que o homem comum se transforme em mero espectador da cena política, e não sujeito dela. A política cada