Os linchamentos e a paciência de quem luta por justiça pós-ditadura

Em tempos de debates sobre linchamentos no Brasil, vale observarmos uma declaração de fina perspicácia feita na Argentina, onde também se vive momento de claro duelo e que muitas vidas estão em jogo, assim como a justiça social.

Tomamos a liberdade de fazer livre tradução de um trecho do recente depoimento da companheira de um militante político torturado e desaparecido na última ditadura argentina diante do júri pelo caso "Alejo Mallea". Ele tinha 21 anos, atuava no coletivo Monteros e estudava na Faculdade de Medicina, em Buenos Aires. Era chamado de "Pablo".

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O testemunho de Cristina Inés Aldini

Quando foi levada à Esma, Cristina tinha 24 anos de idade e seu apelido era Clara.

"Antes de começar, queria dizer algo que tem a ver com o modo com o qual chego a esta declaração. Quero transmitir algo que eu senti muito fortemente nestes dias, em relação aos fatos que se têm vivido e são de público conhecimento hoje e que se refere aos episódios de linchamento que se têm dado por parte de grupos de ´vizinhos´, que têm protagonizado estas cenas por uma suposta justiça pelas próprias mãos, que é tão atroz. Quero me referir a isto, porque quem não se peguntou ou comparou com a paciência infinita de tantos familiares e vítimas, organismos, pessoas que têm trabalhado para que estes julgamentos possam se concretizar, com fé na justiça?", sustentou Cristina ao iniciar sua declaração.

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