Ato inter-religioso faz memória da luta da Missionária Dorothy Stang na Amazônia
Foto: Alberto Pimentel |
Ato
inter-religioso, realizado ontem (12/02) na Praça do Operário em São Braz por
movimentos religiosos e sociais, fez memória dos 10 anos do martírio da missionária
Dorothy Stang. A missionária foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005 por Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Batista,
a mando dos fazendeiros da região Valtomiro Bastos de Moura (o “Bida”) e Regivaldo Pereira Galvão (o “Taradão”).
A luta de Dorothy
Dorothy
foi assassinada por contrariar interesses de fazendeiros da região de Anapú,
porque apoiava a luta dos trabalhadores rurais por um novo projeto de
desenvolvimento na Amazônia. A missionária era defensora dos Projetos de
Desenvolvimento Sustentável (PDS).
Movimentos
sociais, religiosos e artistas populares falaram da vida de Dorothy, seu amor
ao povo e sua luta incansável na defesa dos trabalhadores rurais em Anapú.
Foto: Anne Gleicy |
Nazareno
Tourino, poeta e dramaturgo popular, membro da Academia Paraense de Letras,
destacou a importância do compromisso e engajamento dos setores progressistas
da igreja católica na luta em defesa dos direitos do povo da Amazônia.
Pe. Paulo
Joanil, Secretário Geral da CNBB Norte 2, enfatizou a ação profética de Dorothy
como missionária, movida por grande amor ao povo mais sofrido da Amazônia.
Para
Antonio Alberto Pimentel, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos,
a desigualdade e a concentração de riqueza é a causa de todos os conflitos
sociais no campo e ressaltou o exemplo de Dorothy na luta por justiça social na
Amazônia.
O ato
terminou com uma grande ciranda celebrando o legado de esperança de Dorothy em
defesa da vida, da floresta e dos trabalhadores/as.
ASCOM/SDDH