Museu da Guerrilha do Araguaia está em total abandono
Fotos: Alex Costa Lima |
Na tarde desta quinta-feira (18) a Comissão da Verdade do Pará localizou, com o apoio do sociólogo e professor Alex Costa Lima, um precioso acervo sendo destruído pela ação do tempo e do poder público: o Museu da Guerrilha do Araguaia, situado em São Geraldo do Araguaia (PA).
A coleção, que reunia mais de seis mil itens - entre botânica, zoologia, arqueologia, antropologia, história, etnografia e ciências sociais - está em franco processo de destruição. A informação de que dispomos indicam mais de quatro anos de fechamento e total abandono.
Há alguns anos, tanto a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) quanto a Universidade Federal do Pará (UFPA), manifestaram interesse no espaço por conta do riquíssimo acervo, reunido em mais de 30 anos pelo funcionário público Eduardo Lemos Porto, que há anos já não mora mais no Pará.
A comissão se deparou com arquivos que tratam das prisões dos padres do Araguaia Francisco Gouriou e Aristide Camio e também da agente pastoral Oneide Costa Lima, em 1981. Tudo indica de que, nesse caso, pode tratar-se dos arquivos da própria Igreja Católica e de parte da memória do movimento social camponês entre às décadas de 70 e 80.
Hoje (19), às 14 horas, a Comissão da Verdade do Pará, junto com a Unifesspa e com o Sintepp realizarão uma diligência para avaliar o acervo, os danos e, sobretudo, assegurar sua não extinção. O prédio, construído pelo exército, também está em vias de desabamento. Como ensina o cineasta Patricio Guzmán, em "Nostalgia da luz": 'A memória é como a gravidade: ela nos atrai'.
A coleção, que reunia mais de seis mil itens - entre botânica, zoologia, arqueologia, antropologia, história, etnografia e ciências sociais - está em franco processo de destruição. A informação de que dispomos indicam mais de quatro anos de fechamento e total abandono.
Há alguns anos, tanto a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) quanto a Universidade Federal do Pará (UFPA), manifestaram interesse no espaço por conta do riquíssimo acervo, reunido em mais de 30 anos pelo funcionário público Eduardo Lemos Porto, que há anos já não mora mais no Pará.
A comissão se deparou com arquivos que tratam das prisões dos padres do Araguaia Francisco Gouriou e Aristide Camio e também da agente pastoral Oneide Costa Lima, em 1981. Tudo indica de que, nesse caso, pode tratar-se dos arquivos da própria Igreja Católica e de parte da memória do movimento social camponês entre às décadas de 70 e 80.
Hoje (19), às 14 horas, a Comissão da Verdade do Pará, junto com a Unifesspa e com o Sintepp realizarão uma diligência para avaliar o acervo, os danos e, sobretudo, assegurar sua não extinção. O prédio, construído pelo exército, também está em vias de desabamento. Como ensina o cineasta Patricio Guzmán, em "Nostalgia da luz": 'A memória é como a gravidade: ela nos atrai'.
Texto: Paulo Fonteles Filho