ENTIDADES DOS DIREITOS HUMANOS DO ESTADO DO PARÁ PEDEM INVESTIGAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE JAIR BOLSONARO SOBRE O DESAPARECIMENTO DE JORNALISTA E AMBIENTALISTA NO AMAZONAS.

 


Organizações da Sociedade Civil como o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Pará (SINTSEP-PA), Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Movimento Xingu Vivo para Sempre, Comissão Pastoral da Terra (CPT), entraram com representação na Procuradoria Geral da República pedindo a instauração de inquérito policial para investigar declaração do Presidente da República sobre o desaparecimento de jornalista e ambientalista no Amazonas.

Nas últimas horas de sexta-feira (10), as entidades dos Direitos Humanos do Estado do Pará, protocolaram um pedido para investigação policial da declaração de Bolsonaro sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do Jornal Britânico The Guardian, ocorrido no domingo, 05 de junho, enquanto faziam o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, na região conhecida como Vale do Javari, no Amazonas.

O pedido de investigação foi protocolado na Procuradoria Geral da República por conta da declaração feita pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, no dia 08 de Junho. "Duas pessoas apenas num barco, numa região daquela, completamente selvagem, é uma aventura que não é recomendável que se faça", disse o presidente.

Já no dia 09 de junho, o presidente diz ainda: "...Não tenho notícia do paradeiro deles. A gente pede a Deus que sejam encontrados vivos, mas sabemos que a cada dia que passa essas chances diminuem. Desde o primeiro dia, quando foi dado o sinal de alerta, a Marinha entrou em campo e no dia seguinte as

Forças Armadas, a Polícia Federal... Tem quase 300 pessoas nessa procura. Dois aviões e helicópteros, barcos, agora é uma área fora da Funai, tem protocolo a ser seguido. Naquela região, geralmente você anda escoltado, foram para uma aventura, a gente lamenta pelo pior”.

Segundo o ato de petição a "A declaração do Presidente da República, além de faltar com a verdade, é criminosa no sentido que imputa às vítimas a responsabilidade do ocorrido por não estarem circulando na região sob escolta, quando, na verdade, é fato raro as autoridades brasileiras, especialmente as federais, atenderem às solicitações de escolta aos povos, indígenas ameaçados, como também aos defensores e defensoras de direitos humanos e jornalistas".

Leia a íntegra da petição acessando o link abaixo:

l1nq.com/1YxBh

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