Manifestação de solidariedade a brasileiros foi maior que o esperado em Buenos Aires
Manifestantes criam cartazes e posam para fotos no Obelisco
Foto: Philipi Chalu
Enquanto chegam mais manifestantes, alguns preferem pintar o rosto
Foto: Erika Morhy
Além de brasileiros, pessoas de diferentes nacionalidades prestam solidariedade ao Brasil
Foto: Erika Morhy
Embaixada abre as portas e recebe comissão de manifestantes
Foto: Erika Morhy
Com o fim do outono, cedo começa a escurecer na cidade, com vento frio e uma garoa que não afastou ninguém de seus intentos. Pequenos grupos se agregavam ao encontro; saudavam-se; tiravam fotos; pintavam o rosto de verde e amarelo; desenhavam cartazes para empunhar em seguida durante a passeata de oito quadras até a Embaixada do Brasil. Organizadores estimam que pelo menos mil pessoas se agregaram ao movimento, e gente de diferentes nacionalidades, não apenas de diversos estados brasileiros, o que misturava ainda mais os sotaques. No grupo do facebook criado pelo movimento, mais de 3 mil pessoas confirmaram presença.
A marcha foi acompanhada pela polícia argentina, tão pacífica quanto o ato. Aparentemente, nenhum incidente foi registrado, ainda que tendo fechado uma via da avenida 9 de Julio. Em função de sua largura, a avenida é considerada uma das maiores do mundo.
À frente da Embaixada, por volta das 19h, o grupo já menor de manifestantes formou uma comissão para ser recebida pelo segundo ministro do órgão, que recebeu a Carta Aberta Ao Embaixador do Brasil em Buenos Aires e o abaixo-assinado.
Uma das organizadoras do movimento, a paulista Melissa Teófilo disse que o ato tomou proporções bem maiores do que o esperado. “Éramos cerca de dez pessoas aqui e que estávamos indignadas com o aumento da tarifa dos transportes, com mais uma perda do poder de compra dos trabalhadores brasileiros e ainda com a forma com que os governos e a polícia trataram os protestos no país”, lembra. Mais de 3 mil pessoas confirmaram presença na página do grupo.
Melissa garante que a Embaixada foi muito solícita desde os primeiros contatos, feitos no decorrer da organização do movimento e afirma estar confiante em que encaminharão o manifesto ao país de origem da maioria dos que ocuparam parte da Cidade Autônoma de Buenos Aires.