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Mostrando postagens de julho, 2013

Elisety Maia assume Vice-presidência da SDDH

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Nossas boas vindas à nova vice-presidente da SDDH, a educadora e historiadora Elisety Maia. Nosso mais profundo agradecimento à pastora luterana, Cibele Kuss, que deixou o cargo.

Educação em números: por onde começar?

Educação em números: por onde começar? Por Flávia Marçal P. de Araujo Enfocar a questão da educação em nível internacional e no Brasil, exige quase sempre um enorme esforço de concisão, face à amplitude do tema. Assim, sempre que se pretende abordar o assunto, se fez necessário escolher e especificar alguns aportes técnicos que serão empregados, em especial no que se refere à utilização das fontes estatísticas. Neste post, pretendemos identificar algumas dessas bases comumente utilizadas. No âmbito internacional, podemos destacar as seguintes fontes: 1) Dados da UNESCO sobre Educação no Brasil A contribuição da UNESCO – órgão das Nações Unidas para a Educação e a Cultura, criado em 16 de novembro de 1945 com o objetivo de “criar condições para um genuíno diálogo fundamentado no respeito pelos valores compartilhados entre as civilizações, culturas e pessoas”[1] - tem se dado por meio de várias ações, como a adoção de uma linha editorial na área da educação, incluindo a tr

E nascia Florestan Fernandes

E nascia Florestan Fernandes Via Almanaque Brasil Pai da sociologia brasileira Dizia que começou a aprendizagem sociológica aos seis anos, quando precisou trabalhar e passou a conviver com adultos. Considerado “modelo para quem aspira a uma sociedade onde cada um possa realizar a sua dimensão verdadeiramente humana”. Florestan Fernandes não conheceu o pai, que morreu antes de ele nascer. A mãe, imigrante portuguesa analfabeta, precisou da ajuda do filho para sustentar a casa. A patroa da mãe o chamava de Vicente: “Florestan não é nome de pobre.” Nascido em São Paulo em 22 de julho de 1920, passou a trabalhar aos seis anos: engraxate, auxiliar de marceneiro e de barbeiro, alfaiate, balconista de bar. Aos nove, larga os estudos. Sem perspectiva, recebe incentivo dos fregueses do bar. “Em cima do bar se instalou um curso de madureza chamado Riachuelo. Foi difícil conseguir autorização para sair três vezes por semana.” Em três anos o cozinheiro concluiu o segundo grau. Passa

20 anos da "Chacina da Candelária"

Veja galeria de fotos da passeata realizada na última sexta-feira (19) para lembrar os 20 anos da Chacina da Candelária, ocorrida em 23 de julho de 1993, no Rio de Janeiro. Fotos de Pablo Vergara. Via Brasil de Fato

Carta da Articulação Justiça e Direitos Humanos

Carta do II Seminário da JusDh:  O Potencial Democrático dos Direitos Humanos para a Política Pública de Justiça "O impacto da intervenção do sistema de justiça avança sobre os direitos humanos, ora apontando para a sua efetivação, ora agravando e reproduzindo padrões históricos, institucionais e culturais de violação. Verificar esta tendência se tornou algo cotidiano no Brasil. Identificar, no entanto, a sua complexidade política, e compreender sua lógica de funcionamento, com vistas à construção de análises, estratégias e ações que apontem para a democratização da justiça, retirando-a de suas bases oligárquicas e reivindicando a sua responsabilidade com a garantia, defesa e promoção dos direitos humanos, é desafio latente na agenda política de justiça em nosso país. Esta foi a análise que provocou e motivou a nossa reunião de entidades que atuam com litigância em diversos temas de direitos humanos, movimentos sociais, organizações políticas, associações e agentes da j

A violência contra os indígenas no Brasil

A violência contra os indígenas no Brasil Elaine Tavares Adital Quem passa pelas ruas do centro de Florianópolis já naturalizou a cena de famílias indígenas sentadas nas esquinas principais, com seus cestos, bichinhos de madeira e crianças. Poucos são os que percebem a presença humana. Alguns, ao notar, fazem aquela cara típica de quem está incomodado. Aquelas caras morenas, aqueles pés descalços e aquelas crianças ranhentas significam exatamente isso: um incômodo. No máximo, conseguem alguma comiseração. Nada mais que isso. Os índios Guarani, que vivem nas proximidades de Florianópolis, seja em Biguaçu ou no Morro dos Cavalos, vivem a mesma triste realidade dos irmãos de outras etnias no Brasil. Sem terras boas, perdidos de sua cultura num mundo que nem os integra nem os aceita; precisam sair das aldeias para trocar as belezas que fabricam por dinheiro. Muita vezes, são esses minguados trocados garantidos pelas mulheres que permitem a sobrevivência. Tutelados pelo estad

Casais homoafetivos podem se candidatar a documentário internacional

Reproduzimos mensagem postada no face. Quem tiver interesse, pode obter mais informações pelo e-mail que o grupo deixou. "Estamos procurando casais homossexuais (gays e de lésbicas) que irão se casar civilmente nos próximos dias, no Rio ou em São Paulo. O motivo é para participar de um documentário internacional sobre os casamentos homoafetivos no Brasil!! Por favor mande seus contatos para: euapoio@casamentociviligualitario.com.br"

Amazônia: mulheres negras protagonizam a luta popular

Amazônia: mulheres negras protagonizam a luta popular O capitalismo patriarcal e machista é um dos indicativos da invisibilidade da mulher na historiografia oficial. Na Amazônia do século XX, o Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa) no início dos anos 1980 serviu de catalisador das iniciativas contra o racismo num país em reconstrução democrática. No conjunto de ativistas são reconhecidas pelo engajamento e seriedade as militantes Nilma Bentes e a professora Zélia Amador. Lilian Campelo e Rogério Almeida (*) O seio da Tia Ciata (Hilária Batista de Almeida) o samba alimentou, exclamava a canção de Aluísio Machado, de 1983, defendida pela Escola Império Serrano. A baiana de Santo Amaro da Purificação é personagem histórica da afirmação da cultura de matriz africana no Rio de Janeiro. A cozinheira e também mãe de santo é reconhecida por abrigar sambistas em sua casa. Relatos jornalísticos e acadêmicos a imortalizam como fundamental na consolidação do gênero no b

TV Justiça põe em pauta o programa de proteção a testemunhas

A Constituição Federal determina que ninguém pode ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal, assegura o direito ao contraditório e a ampla defesa e diz que são inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos. O papel das testemunhas é fundamental para ajudar a desvendar crimes, mas muitas vezes elas precisam de proteção para não se tornar vítimas. O programa Artigo 5º desta semana discute o tratamento dado às testemunhas. A proteção às testemunhas é debatida com Fabiano Silveira, conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e com Edson de Souza Barbosa, chefe adjunto da Seção de Registro, Análise e Difusão de Denúncias da Polícia Civil/DF. Fabiano Silveira fala sobre a importância de testemunhar: “Se tornaria inviável resolver os conflitos se a justiça não pudesse ouvir, e de uma forma até obrigatória, as pessoas que testemunharam eventos que sejam relevantes á resolução dos conflitos. É um dever, está na lei. Portanto é um dever leg

A formação política e a capacidade débil dos jornalistas

A formação política e a capacidade de análise dos jornalistas é débil. Entrevista especial com Roseli Figaro “Se o jornalista não tem consciência do seu próprio trabalho, é claro que isso vai aparecer no produto que ele vai oferecer.” Um estudo realizado com 538 jornalistas que trabalham em São Paulo revelou profundas mudanças no perfil da profissão. A pesquisa realizada pela professora da Universidade de São Paulo – USP Roseli Figaro mostrou que a formação política e a postura crítica dos jornalistas foram prejudicadas nas últimas gerações. As razões são diversas, mas as que pesam mais estão relacionadas ao enxugamento das redações e ao aumento do volume de trabalho, sem contar a falta de racionalização sobre a prática. “Uma questão que nos preocupou foi que uma minoria, em torno de 30%, tem noção de que o trabalho do jornalista é fundamental para preservar o direito do cidadão à informação. A maior parte vê a informação como um produto, um negócio. Quando colhemos os depoimen

Maria Joel herdou a luta e as ameaças de morte #MarcadasParaMorrer

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Maria Joel da Costa herdou a luta e as ameaças de morte Por Ismael Machado A camisa relativamente folgada deixa transparecer a pistola. O homem que vem abrir o portão e olha antes para os dois lados da rua quase deserta tem as atenções voltadas 24 horas por dia para a moradora da casa. É um dos seguranças de Maria Joel Dias da Costa, conhecida pelos amigos como Joelma. Em Rondon do Pará, distante 532 km da capital Belém, no sudeste do estado, a história de Maria Joel é conhecida por quase todos. Ela é a viúva do sindicalista José Dutra da Costa, o “Dezinho”, assassinado em Rondon do Pará em 21 de novembro de 2000, a mando, segundo as investigações policiais, dos fazendeiros Décio José Barroso Nunes e Lourival de Sousa Costa. Dezinho era o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará e começou a lutar pela regularização das terras consideradas improdutivas visando a reforma agrária. Depois da morte de Dezinho, Maria Joel assumiu a direção do sindicato em

Carta de protesto de artistas paraenses

A seguir, reproduzimos a íntegra da carta de protesto de artistas paraenses contra a histórica falta de políticas públicas que os representem, e que foi lida, na noite da última terça-feira (11),, para o público que participava de evento musical em Belém, sob coordenação do Governo do Estado. CARTA DE PROTESTO DOS ARTISTAS PARAENSES BOA NOITE! PEDIMOS A ATENÇÃO DE TODOS, EM NOME DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO. NÓS, ARTISTAS E PRODUTORES CULTURAIS PARAENSES, ESTAMOS AQUI PARA PROTESTAR CONTRA AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A ARTE E A CULTURA, QUE HÁ DÉCADAS NÃO NOS REPRESENTAM. LAMENTAMOS PROFUNDAMENTE QUE UM BEM ABSOLUTAMENTE ESSENCIAL PARA QUALQUER SOCIEDADE EVOLUÍDA, TENHA UM TRATAMENTO TÃO EQUIVOCADO E AVESSO AOS INTERESSES PÚBLICOS. PEDIMOS A COMPREENSÃO DE VOCÊS, QUE VIERAM AQUI PARA ASSISTIR AO SHOW E AOS NOSSOS COLEGAS ARTISTAS DA MÚSICA, QUE NOS ESCUTEM! OS EQUÍVOCOS E DESMANDOS QUE ESTAMOS DENUNCIANDO AGORA PREJUDICAM NÃO APENAS NÓS, ARTISTAS E PRODUTORES,